Os custos de transporte e logística têm um peso considerável na generalidade dos negócios e consequentemente influenciam em grande medida os lucros e a competitividade das empresas. Não é, por isso, de admirar a constante procura de soluções para redução destes custos.
A grande questão que se coloca é como reduzir estes custos, sem pôr em causa a qualidade do produto e/ou serviço e assim o sucesso do negócio.
Para que tal seja possível, a ênfase deve estar na eliminação de falhas e desperdícios, que não agregam qualquer valor para o cliente.
Propomos de seguida 8 ações para reduzir os seus custos de logística e transporte, mantendo o mesmo nível de serviço ao cliente.
1. Mapear os processos internos e apostar na melhora contínua
Se cada elemento da equipa tem a sua forma de trabalhar e age conforme a ocasião e disposição, as hipóteses de falhas e desperdícios são elevadíssimas.
A padronização e mapeamento de processos são fundamentais para aumento da produtividade e a eliminação de falhas e desperdícios.
Para tanto é necessário:
- Ter um entendimento global sobre o fluxo de atividades, a sua dinâmica e influência que exercem entre si,
- Listar todos os materiais necessários à execução das operações e respetivo tempo de execução,
- Ter em conta as sequências operacionais mais eficientes.
Passa-se, de seguida, à criação de um processo normalizado, que passa a incorporar a rotina da empresa.
Com vista à melhoria contínua, os processos devem ser revistos periodicamente, tendo em conta o histórico – êxitos e ocorrências.
2. Otimizar recursos humanos e tecnológicos
Não é segredo para ninguém que as Pessoas são o recurso mais valioso das empresas e que estas fazem, de facto, a diferença em todas as áreas do negócio. Assim, é fundamental investir na equipa responsável pelas atividades chave, capacitando-a (com formação, por exemplo) e criando condições de colaboração e comunicação dentro da equipa.
Por outro lado, a evolução dos sistemas tecnológicos tem permitido aumentar substancialmente a eficiência dos processos, quer através da sua automação, quer pelo acesso imediato a informações de diversas naturezas, que permitem o acompanhamento das atividades em tempo real, a tomada de decisões informadas e, se for o caso, de ações corretivas, entre outros.
As operações querem-se ágeis e flexíveis, de forma a dar respostas rápidas e adequadas às crescentes exigências do mercado.
3. Escolher o parceiro de transporte e logística adequado à sua realidade
A complexidade crescente dos negócios e o ritmo acelerado que o mercado exige faz com que muitas empresas terceirizem algumas atividades chave, como é o caso do transporte e logística. Mais do que um fornecedor, as empresas necessitam de parceiros de negócio à sua medida e a sua escolha criteriosa assume enorme importância. Conheça 6 fatores a ter em conta na escolha do seu parceiro de logística e transporte.
4. Articular toda a informação com o parceiro de logística e transporte
Uma das principais forças na redução de custos associados à movimentação de bens é a capacidade de articular toda a informação entre o cliente e a empresa que presta o serviço de logística e transporte.
Uma comunicação ineficiente implica um conjunto de atividades consumidoras de tempo e, consequentemente, custos acrescidos, nomeadamente:
– Gestão de armazém – ter de controlar carga e quantidades que muitas vezes não conferem com os documentos entregues, com falta de mercadoria ou troca de referências
– Comunicações sucessivas devido à ausência de confiabilidade na informação prestada ou no atraso da sua disponibilização
O acesso atempado a informações confiáveis permite evitar erros, atrasos e devoluções.
5. Cumprir prazos
Por vezes a mercadoria não está pronta na hora combinada para recolha, o que pode implicar atrasos nas entregas e consequentemente penalizações, devoluções e problemas contratuais com o cliente final.
6. Acondicionar corretamente a carga
Uma má acomodação da carga, por parte do cliente, implica o seu reacondicionamento, com perdas de tempo e todos os custos inerentes.
7. Planear ações estruturadas contra imprevistos
Antecipar com base no passado é crucial. Propomos que monitorize as ocorrências, a sua tipologia e frequência, priorizando o controlo sobre áreas mais vulneráveis.
Desta forma, antecipar necessidades e ser proactivo a adversidades será mais fácil.
8. Rever políticas comerciais
Esta solução nem sempre é possível, mas, quando o é, deve ser equacionada, desde que se tenha em conta a elasticidade do mercado a esta variável, i e, até que ponto o mercado é flexível para estas alterações. Trata-se de estabelecer políticas de pedido mínimo e/ou oferecer vantagens para encomendas maiores, que permitem ganhar escala e reduzir assim o custo unitário de transporte.
Endereçamos-lhe o desafio de implementar as ações anteriores, que fizerem sentido na sua empresa. Verá certamente resultados positivos no curto prazo.